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domingo, 15 de março de 2009

ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO.

Artigo nº 26/2006.

Faz parte da administração, organização. Acompanhada, está sempre em evolução. Atenção da equipe é indispensável, não deixando passar nada que dê margem à falta de segurança no controle; anualmente, submeter a uma empresa de Desenvolvimento Organizacional - D.O.

Desde os dezessete anos, trabalhando em uma empresa grande, não abria mão de sistema, organização e da informação administrativa normativa. Por minha iniciativa, foi contratada empresa de D.O. Meu primeiro prêmio profissional foi a nossa equipe ficar surpreendida com os sistemas que estavam implantados, a simplicidade dos mesmos, funcionamento e controle.

Naquele tempo, não dispúnhamos de informática, podemos fazer, hoje, muito mais. Conquistei a admiração do meu pai com a iniciativa de viajar para conhecer mercados produtores. Criei a ficha de cálculo para cada produto, que lhe permitia acompanhar todas as operações para encontrar custo, lucro e determinar preço de venda.

No Japão, após a Segunda Guerra Mundial, o governo estimulou a participação de toda a sociedade empresarial e trabalhadora para recuperar a economia, quando nasceu uma política de participação do trabalhador na administração. Criaram o CCQ – CICLO DE CONTROLE DE QUALIDADE, formado por grupos de cinco a doze pessoas que buscavam a produtividade, qualidade e custo; hoje, QT – QUALIDADE TOTAL. Na década de oitenta, a indústria automobilística japonesa balançou a indústria americana. Vi faixa, nos Estados Unidos, em frente às concessionárias de veículos, com a frase ‘seja patriota, compre seu carro produzido no seu país’.

A política de Qualidade Total se espalhou no mundo, inclusive no Brasil, mas o americano do Norte divergiu, porque no Japão, o Grupo de Qualidade Total avalia a qualidade e faz chegar aos departamentos técnicos e de engenharia. Nos Estados Unidos, essa avaliação é feita nos departamentos técnicos e de engenharia, chegando depois ao trabalhador. Temos a política de Qualidade Total em nossa empresa e implantamos na Prefeitura. No Japão, todo ano tem Congresso de Qualidade Total. Os grupos que apresentam melhores idéias, pequenos, médios e grandes projetos são premiados pelo Governo e as empresas gratificam mensalmente.

QUINTA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO, TIVEMOS REUNIÃO COM UM GRUPO DE MICRO-EMPRESÁRIOS, MAIORIA, FEIRANTES, QUE RECEBERAM APOIO FINANCEIRO DA DESENBAHIA - AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DA BAHIA, PROGRAMA CREDIBAHIA. Tive oportunidade de contar passagens bonitas da vida do meu pai, que só fez metade do curso primário porque quebrou o braço e, não podendo trabalhar na enxada, passou a estudar e vender frutas do sítio do meu avô na sede do Município. Transformou-se em um feirante, vendendo frutas, farinha de mandioca e outros produtos cultivados no sítio.

Adquiriu uma padaria. Minha mãe lavava a saca vazia de farinha de trigo e de açúcar para vender por um preço melhor. Passou para uma mercearia, mudou para outro município, já com armazém de secos, molhados e ferragens.

Uma passagem interessante – foi a SALVADOR e lá comprou grampo para cerca, arame farpado e outros produtos, regressando no caminhão que transportava a mercadoria; quando chegou em sua cidade, já tinha vendido toda a mercadoria nos municípios que passou.

Convidou o irmão que trabalhava ainda no sítio, para ser sócio no armazém, que logo foi prefeito, líder absoluto no município. Deputado Federal, passou a ser expressão forte da política do Estado de Sergipe. O Presidente João Goulart o convidou para ir ao Palácio da Alvorada para conhecê-lo. Em meados da década de quarenta, pelo fato do meu pai não aceitar misturar comércio com política, deixaram de ser sócios. Seguiu para a CAPITAL SERGIPANA. Em mil novecentos e cinqüenta, foi para a CAPITAL BAIANA. Era apaixonado pela BAHIA. Chegou a SÃO PAULO, costumava dizer que SÃO PAULO era um país.

Interessei-me em passar para os micro-empresários que meu pai NUNCA TIRAVA RECURSO DO CAPITAL DE GIRO. Só em mil novecentos e cinqüenta e dois, adquiriu o primeiro carro, de segunda mão. Em mil novecentos e cinqüenta e cinco, em um leilão de carros importados na alfândega, adquiriu um Bel Air, Chevrolet, 1955.

DESTAQUEI QUE MUITOS MICRO-EMPRESÁRIOS NÃO SE TORNAM GRANDES EMPRESÁRIOS PORQUE USAM O CAPITAL DE GIRO PARA COMPRAS DE FAZENDAS, CARROS, CASAS, ANTES DA HORA CERTA.

ESTAVA SATISFEITO PORQUE NÃO TINHA NENHUM DAQUELES MICRO-EMPRESÁRIOS INADIMPLENTES, O QUE LEVARIA A DESENBAHIA AUMENTAR VALOR DOS EMPRÉSTIMOS E SURGIREM NOVOS MICRO-EMPRESÁRIOS. COMENTEI QUE ESTA POSIÇÃO, NATURALMENTE, LEVARIA O SECRETÁRIO DO TRABALHO E AÇÃO SOCIAL, DR. EDUARDO OLIVEIRA SANTOS E O PRESIDENTE DA DESENBAHIA, DR. VLADSON MENEZES, QUE ESTIVERAM EM IPIAÚ NO LANÇAMENTO DO PROGRAMA, VISITAREM NOVAMENTE O MUNICÍPIO, SATISFEITOS.

Comentei com os micro-empresários que ouvia sempre meu pai dizer e gravei – a pessoa só deve ser empregado se não conseguir ser empregador. Talvez, inspirado nesta sua colocação e no meu sentimento de democracia social, em mil novecentos e setenta e seis, mesmo sendo acionista e diretor de sua empresa, deixei a mesma para fundar a minha, em Feira de Santana, Mendonça Supermercados; queria uma empresa em que o funcionário participasse da administração e do lucro. Arrependo-me, porque em mil novecentos e oitenta e oito, não aceitei o convite para voltar.

Uma passagem interessante. De madrugada, estava no fundo da padaria, fazendo pão, quando chegou um grupo montado a cavalo e ele recebeu. O líder do grupo, Lampião, pediu todo o pão fabricado até aquele momento e ainda esperou desmanchar mais farinha. Gostou do meu pai, agradeceu a atenção. Durante toda a madrugada, foram muito cordiais, chegaram a conversar como se fossem velhos amigos. Lampião prometeu fazer outra visita e não tenho lembrança se foi realizada.

Outro momento que tenho na lembrança: resolvi comprar a Fazenda Passagem, em Feira de Santana, distrito de Jaguara, cortada pelo Rio Jacuípe, e ele tinha fazenda em Itapetinga. Fez tudo que foi possível para eu ficar com a fazenda dele, porque para o mesmo, não tinha semana inglesa, trabalhava sábado à tarde e o domingo era para acompanhá-lo, visitando bairros da cidade, vendo locais para construção de loja. A fazenda em Itapetinga não ficaria para lazer toda semana, diante da distância.

Costumava dizer que gostava de fazer negócio quando era bom para os dois lados. Foi uma lição de vida, com trabalho, determinação, ousadia, competência e amor ao próximo. Tinha uma visão invejável, trabalhava com margem de lucro pequena, buscando resultado no volume da venda. Lembro-me bem que no governo do Presidente JÂNIO QUADROS, houve uma crise de abastecimento de gêneros alimentícios no Brasil, mas não atingiu Salvador.

Sabia como receber e dispensar tratamento especial a um empresário, médico, advogado, juiz, desembargador, Governador, Secretário e Ministro de Estado. Tinha mesmo comportamento para receber um funcionário ou uma pessoa humilde da comunidade. IRMÃ DULCE tornou-se sua amiga, era admirador da sua grande obra. IRMÃ DULCE, uma pessoa de Deus, os empresários tinham apreço enorme, posso citar DR. NORBERTO ODEBRECHT e DR. ÂNGELO CALMON DE SÁ. Presidente da República quando visitava Salvador, estava no roteiro o Abrigo Santo Antonio, que se transformou também em um grande hospital.

Cheguei a pensar que meu pai era um gênio, um dia, lendo a biografia do fundador dos Diários Associados, DR. ASSIS CHATEUBRIAND, vi que gênio era CHATEUBRIAND. Meu pai, um comerciante nato que se transformou em empresário, admirado nacionalmente e por empresários estrangeiros.

Meu pai, uma pessoa admirável, com cultura comercial e empresarial que chamou a atenção nas universidades. Sempre fui muito formal, lembro-me que ele dizia – você é muito bom para anotar, delegar, mas não cobra. Em determinado momento, disse que eu estava transformando a empresa em um cartório, porque tudo era formalizado por escrito.

Tenho grande honra de ser empregado da família ipiauense, reeleito no cargo de prefeito. Muita luta, às vezes, até desgastante, mas com muita força e desprendimento. Administramos com o Legislativo Municipal e o dono do município – o povo.

Cinco satisfações me deixam feliz. A DEMONSTRAÇÃO DE CONFIANÇA DA FAMÍLIA IPIAUENSE E SEU APOIO, A IMPLANTAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE AUDITORIA COMPOSTO POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DAS MAIS DIVERSAS GRADUAÇÕES. O PROGRAMA NA LINHA COM O SECRETÁRIO, diariamente, das treze e trinta às catorze horas, na Rádio Educadora em cadeia com a FM Ubatã; O PROGRAMA E AGORA, PREFEITO, idealizado pelo radialista NORMAN SUAREZ (AMARELINHO), todas as quintas-feiras, das doze e trinta às catorze horas na Rádio Educadora, também em cadeia com a FM Ubatã.

Outra satisfação é o Governador DR. PAULO SOUTO ter incluído em seu programa de saneamento básico, projeto de esgotamento e aterro sanitários e o Centro de Abastecimento de Ipiaú.

NO DIA-A-DIA DA ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO, LEMBRO MUITO DO MEU PAI, QUE GOSTAVA DE GERAR EMPREGO E FAZER FELICIDADE PARA AS PESSOAS HUMILDES. ADMIRAVA OS GRANDES HOMENS PÚBLICOS, PRINCIPALMENTE OS QUE TRAZIAM DESENVOLVIMENTO.

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