Artigo nº 28/2006.
Ainda jovem, na década de setenta, o ex-prefeito de Itabuna, Sr. JOSÉ ODUQUE TEIXEIRA, empresário e pessoa da nossa admiração, convidava-me para ingressar na lavoura cacaueira. Contava com amizade honrosa do empresário Sr. ANANIAS DÓREA, grande cacauicultor, que também convidou-me. Em mil novecentos e oitenta e seis, comecei a investir na lavoura cacaueira.
Lembro que a Bahia ainda não era um Estado industrial na década de cinqüenta, destacavam-se em sua economia, o CACAU e o PETRÓLEO, a história, a cultura e seu povo. No início da minha vida profissional, viajei pelo Brasil. Fiquei impressionado com a cordialidade do cearense e do carioca, mas o título de povo amável, cordial, era do baiano. Em São Paulo quem chega do Norte e Nordeste é considerado baiano.
Conheci em Fortaleza uma pessoa especial, empresário GENÉSIO QUEIROZ, pai de um grande empreendedor cearense, o empresário DR. EDSON QUEIROZ, sogro do político que renovou a administração pública no Estado do Ceará, Senador TASSO JEREISSATI. O empresário GENÉSIO DE QUEIROZ, aos sábados, costumava reunir os amigos no seu grande armazém de açúcar com uma farofa especial, carne seca e cerveja.
Conheci o Ceará na década de sessenta, quando a SUDENE, ao invés de melhorar a distribuição de renda, centralizava-a. Havia o desequilíbrio social maior que nos demais Estados. O Senador TASSO JEREISSATI, com três governos e mais um governo do Ministro CIRO GOMES, com seu apoio, transformou o Ceará e ainda implantou a cultura de preservação do meio ambiente.
Fico satisfeito em estar vendo a preocupação do Governo do Presidente LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA com o MEIO AMBIENTE, a MATA ATLÂNTICA, a FLORESTA AMAZÔNICA, a BACIA DO RIO AMAZONAS E O MONUMENTAL, INDISPENSÁVEL PROJETO DE RECUPERAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO com a transposição de águas para atender às regiões necessitadas. Sabem a importância do projeto do Rio São Francisco, as famílias que residem nas regiões que predominam a seca, nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará.
A ÁGUA JÁ É UMA PREOCUPAÇÃO NO MUNDO, vemos os rios e seus afluentes agredidos com o desmatamento e outros. Quando estou viajando, a bordo de uma aeronave, fico triste em ver que não foi deixada nas margens dos rios a mata necessária para evitar o assoreamento. OS GOVERNOS, HÁ DÉCADAS, DEVERIAM TER ESTRUTURADO O ÓRGÃO PARA FISCALIZAR E DIVULGAR. HÁ PESSOAS NO CAMPO QUE DESTRÓEM AS MATAS PORQUE NÃO TÊM CONHECIMENTO DESTA REALIDADE.
O NÚMERO DE DISTRITOS que foram exageradamente EMANCIPADOS não deveriam ter sido aprovados sem que no projeto de emancipação houvesse o PLANO DIRETOR e o projeto de ESGOTAMENTO SANITÁRIO, porque a falta de esgotamento soma com o desmatamento a destruição dos rios, aumenta o custo de saúde para o governo, para as pessoas e eleva o índice de mortalidade infantil.
MEIO AMBIENTE deveria ser absoluta prioridade em todos os governos do mundo. O que vemos é a destruição do PLANETA TERRA E DAS FUTURAS GERAÇÕES. Os ESTUDOS CIENTÍFICOS têm mostrado. Os CIENTISTAS deveriam ter um lugar garantido junto a Deus.
NA REGIÃO CACAUEIRA DA BAHIA TEM MATA ATLÂNTICA. O cacau enriquece e preserva a mata. Na década de noventa, veio a DOENÇA VASSOURA-DE-BRUXA, destruindo a lavoura e, junto com a mesma, parte da Mata Atlântica, importante PARA A BAHIA, BRASIL E O MUNDO.
O Presidente FERNANDO HENRIQUE CARDOSO esteve em Itabuna, garantiu recurso. O pouco que veio, foi com juros altos. O Governo da Bahia fez parceria com o Governo Federal, assumindo custos, consciente da necessidade de salvar a lavoura. Aplaudi o Governo do SENADOR CÉSAR BORGES, porque criou a Biofábrica, que produz mudas resistentes à vassoura-de-bruxa e altamente produtivas. E tem a continuidade no Governo de DR. PAULO SOUTO.
Fiz um estudo, entreguei no Ministério da Agricultura, no governo do Professor FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, e não foi levado em consideração. Fiquei até satisfeito porque tivemos resposta do Ministério que a recuperação da lavoura estava sendo conveniada com o Governo do Estado.
Nosso estudo para recuperação da lavoura cacaueira, fico sem acreditar ter sido feito por mim, não sou economista, nem engenheiro agrônomo. Tivemos assessoramento do técnico agrícola, admirado na região, SR. FRANCISCO JOSÉ BARBOSA. No governo do Presidente LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, entreguei ao Ministro da Agricultura, quando da instalação da Câmara Setorial para Recuperação da Lavoura Cacaueira e Reflorestamento. O Ministro DR. ROBERTO RODRIGUES, como sempre cordial em todos os assuntos que trata, disse que levaria em consideração o estudo.
A CEPLAC, sob a direção de DR. GUSTAVO MOURA, determinado, com apoio político, tem lutado para conseguir o grande ponto preocupante do momento, que é a prorrogação da dívida e, tem tido vitórias brilhantes com o apoio dos Ministérios da Agricultura e da Fazenda.
Nosso estudo é abrangente. Trata da prorrogação da dívida existente. Orçamento para PLANTAR, CLONAR e acompanhar as práticas exigidas pela lavoura cacaueira durante quatro anos sem necessitar de muitos RECURSOS DE IMEDIATO; o Governo liberará os recursos por semestre, de acordo com os pés de cacau plantados ou clonados, vivos e cuidados. AMORTIZAÇÃO do novo empréstimo a partir do sétimo ano, vinculada à data que foi liberado o empréstimo, terminando no décimo quarto ano.
Pagamento da dívida passada existente, depois de liquidada a amortização do referido financiamento, COM DESCONTO DE OITENTA POR CENTO, desconto este só para o cacauicultor que APLICOU BEM OS RECURSOS NO SEGUNDO FINANCIAMENTO. Mais detalhes estão no estudo. Este desconto seria grande estímulo para boa aplicação do recurso que sugerimos, COM SERIEDADE NA APLICAÇÃO. Penso assim para garantia do retorno do capital com resultados para a economia da região.
Tenho pedido ao Ministro JACQUES WAGNER, audiência com o Presidente da República e conseguida, sensibilizarei Sua Excelência, diante da simplicidade e seriedade do estudo, da importância do cacau, Meio Ambiente, da Mata Atlântica, ECONOMIA DA REGIÃO E RECUPERAÇÃO DE EMPREGOS. Se houver espaço vou pedir ao presidente apoio de quatro ministérios para construção do Parque da Cidade, importante para Ipiaú e os onze municípios circunvizinhos.
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