Artigo nº 36/2006.
Quadro de tristeza. A semana de dezessete a vinte e dois de abril foi um desastre para a economia do Mato Grosso do Sul. Sofrimento para muitas famílias. O PANTANAL DEBAIXO D’ ÁGUA. A imprensa mostrou ao Brasil, ao Congresso Nacional, ao Governo e ao Mundo.
Trouxe prejuízo econômico-financeiro para muitas famílias, sentimento de pesar para todos os brasileiros e para aqueles que foram governo nos últimos trinta anos, vendo CASAS, INSTALAÇÕES, PLANTAÇÕES, PASTAGENS E GADO DESAPARECENDO NUM MAR DE ÁGUA.
A economia de um país é formada com a economia de todos os Estados. FICO A PENSAR NO LADO HUMANO. Ao ver a reportagem me emocionei. SOBRE MEIO AMBIENTE VENHO ME MANIFESTANDO NOS MEUS ARTIGOS ANTERIORES.
É triste quando a imprensa falada, escrita e televisionada mostra que aquela anormalidade está vinculada mais aos rios que têm seus leitos tomados pelo assoreamento e erosão. Os governos não investiram na educação em prol do meio ambiente, nem tiveram estrutura suficiente para fiscalizar, evitando o desmatamento nas margens dos rios. A LEI NÃO PERMITE DESMATAR NAS MARGENS DOS RIOS.
Tenho propriedades de pecuária; conservei quarenta por cento das matas, por iniciativa própria. Na década de setenta, adquiri uma fazenda em Feira de Santana e desmatei a parte plana da serra, deixando as margens para que não desaparecesse a beleza da serra. MEU VIZINHO, SENHOR NEQUINHA BARBOSA, EXPERIENTE, DISSE PARA MIM: “SE VOCÊ ME DIZ EU LHE DAVA UM PEDAÇO DA MINHA FAZENDA PARA VOCÊ NÃO FAZER O DESMATAMENTO”.
COMPREI A PROPRIEDADE VIZINHA. ESTAVA ENCAPOEIRADA, MANTIVE METADE DA CAPOEIRA QUE SE TRANSFORMOU EM MATA NO DECORRER DAS DÉCADAS SEGUINTES.
NAS FAZENDAS EM CONTENDAS DO SINCORÁ E EM IBOTIRAMA, DEIXEI QUARENTA POR CENTO DA MATA, e lá está. Na Fazenda Oceania, em Itagibá, substitui um gerente porque derrubou árvores sem consultar e não aceitou a observação. Reagiu, dizendo que necessitava para conserto do curral.
Em outros países a lei ambiental é cumprida. No Brasil é importante que os governos federal, estadual e municipal divulguem EDUCAÇÃO AMBIENTAL para despertar essa realidade nas pessoas, como também EDUCAÇÃO PARA ALIMENTAÇÃO, SAÚDE e ATIVIDADE FÍSICA, inclusive defendo a HORA DA EDUCAÇÃO na imprensa falada e televisionada. Cada governo assumindo sua parcela para fazer cumprir a lei ambiental e o PLANETA TERRA continuar existindo para os FILHOS E NETOS.
TENHO DEFENDIDO A MATA ATLÂNTICA, PORQUE DEFENDO A RECUPERAÇÃO DA LAVOURA CACAUEIRA. Apresentei um estudo que, às vezes, não acredito que foi elaborado por mim e entreguei pessoalmente ao Ministro Roberto Rodrigues. TENHO A EXPECTATIVA QUE NO MÍNIMO O GOVERNO IRÁ USÁ-LO COMO PROJETO PILOTO, diante da simplicidade e amarração que fizemos, vinculando a prorrogação da dívida existente, novo financiamento, aplicação do financiamento, retorno junto com amortização do novo financiamento e pagamento com desconto da dívida existente para quem aplicou certo o segundo financiamento.
O governo não pode perder de vista a importância da lavoura cacaueira para a economia da região, geração de emprego E ACIMA DE TUDO porque o cacau está dentro da mata atlântica e não podemos continuar vendo a mesma ser transformada em pastagem para gado. SE ISSO NÃO FOR FEITO, DAQUI A TRINTA ANOS OUTRAS PESSOAS PODERÃO DIZER QUE OS GOVERNOS DEVIAM TER VISTO ESSE ASSUNTO NO ÚLTIMO MEIO SÉCULO PELAS CONSEQÜÊNCIAS DESASTROSAS PARA O MEIO AMBIENTE.
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